Felicidade por um fio é sobre a escolha que fizeram por nós

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O filme exclusivo da Netflix “Felicidade Por Um Fio” estreou em setembro e trouxe como tema principal a relação compulsiva que Violet Jones (Sanaa Lathan) mantinha com o seu cabelo alisado e como isso interferia em todas as suas relações.

Violet tinha uma vida perfeitamente alinhada, assim como eram os seus cabelos, com uma carreira bem estabelecida em uma agência de publicidade, um relacionamento com um estudante de medicina que tinha tudo para terminar em casamento.

Mas um acidente em um salão de cabeleireiro coloca em cheque todos os conceitos de perfeição que foram construídos na mente de Violet. Toda a obsessão por ter uma vida perfeita, cabelos perfeitos.

O filme não é sobre enfrentar padrões, mas sim, na minha concepção, sobre como enfrentar as escolhas que fizeram por nós. Violet é vítima das escolhas de sua mãe, uma mulher que cresceu complexada com seus cabelos e relacionamentos e resolveu criar uma filha para viver a vida que ela não teve.

Dá para acreditar que uma mãe entra no meio da madrugada para fazer chapinha no cabelo da filha adulta só para ela acordar “pronta e linda” ao lado do namorado? É o cúmulo!

Mas ao longo do filme percebemos que essa Violet é aprisionada pelas expectativas da mãe e quando ela decide confrontar tudo o que é e como se sente, ela vê todas as suas relações ruírem. Namoro, trabalho e até mesmo o relacionamento com a mãe.

A escolha que fizeram por nós

Percebi várias semelhanças entre o filme “Felicidade Por Um Fio” e o filme “Uma Coisa Nova – Surpresas do Coração”, também estrelado por Sanaa Lathan, em ambos a escolha da personagem na vida adulta segue as escolhas feitas pela mãe.

Nesse segundo filme (que é o meu filme favorito da vida), Kenya (Sanaa Lathan), é uma mulher adulta, advogada da área de contabilidade de muito sucesso, mas que segue padrões estabelecidos pela mãe, desde as cores que ela pode pintar a casa, até mesmo o tipo de homem com quem ela deve se relacionar.

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Esses filmes servem para nos levar a refletir no que nos fez gostar do que gostamos hoje. Chega uma hora da vida que é preciso sentar e reavaliar se as escolhas que fazemos não fazem parte desse repertório que construíram para nós.

Nos filmes, Sanaa representa muito bem a quebra desses paradigmas e consegue encontrar o que ela realmente gosta e o que a faz feliz. É um convite ao telespectador fazer o mesmo: reavaliar suas escolhas, entender o que você realmente gosta, quem você realmente é e então seguir o seu coração… procurar a sua felicidade.


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