Traições

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Enquanto busco algum site interessante para navegar nessa noite de sábado ouço o papo que vem da sala. Uma vizinha conversando com a minha mãe sobre o triste fim do seu casamento. Com dor, mas sem chorar, ela diz que jamais voltará a confiar em alguém, pois não imaginava que seria traída pelo marido e muito menos com uma conhecida da família.
Já ouvi várias histórias de traição. Algumas pessoas superam e perdoam. Outras caem em profundo desespero. Outra vizinha chegou a morrer de depressão. E apesar das minhas dores por crises de ciúmes eu nunca, jamais, senti algo parecido. Mas fico tentando imaginar o tamanho da dor de quem é trocada.
A auto-estima vai lá em baixo. A descrição de quem passa por isso é como se ela não valesse nada, se sentem como a pior da espécie. Fico vendo essa vizinha tentando continuar a vida. Ela se produz toda só para ir à padaria. Tentiva de encontrar um novo amor? Talvez. Mas acho que faz para se sentir viva mesmo. Para se olhar no espelho e gostar do reflexo e depois ficar imaginando qual a parte dela desagradou o ex-esposo para fazê-lo procurar outra mulher…
Perguntas que até as solteiras se fazem. Já escrevi isso em um artigo do Guia da Semana. O título era: O que ela tem que não tenho? Sei que é essa a pergunta que fica na cabeça das mulheres. A gente sempre acha que o erro foi nosso, nunca culpamos a falta de caráter da outra pessoa.
Não é fácil encontrar a resposta para tanta indagações, tão pouco é fácil olhar pra frente e imaginar uma vida sem ter do lado a pessoa que a gente escolheu para caminhar junto. E essa dor eu conheço bem. Não tem livro de auto-ajuda, nem terapia que resolva. Só o tempo mesmo, só ele faz a gente se acostumar com a saudade de momentos que não voltam mais.
Desculpem-me pela melação do texto de hoje, pensei em fazer login para escrever sobre política, mas o papo lá em baixo me fez pensar nessas coisas melosas. Sorry! #TPM


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Um comentário Adicione o seu
  1. Concordo com tudo. O tempo é o único que nos faz esquecer(ou talvez não esquecer, mas suportar a falta).
    Enquanto o tempo não passa, ficamos procurando em nós mesmo o que desagradou.

    E aí moça…ainda estou esperando o lançamento da Capricho com a sua matéria..bjoo

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