Li uma vez que uma pessoa com baixa autoestima sempre aceita menos do que realmente merece e, com o tempo, você passa a acreditar que só merece coisas ruins (ou pequenas).
Isso pode afetar seus relacionamentos (escolhendo sempre ficar perto de pessoas que te fazem mal) e até mesmo a sua carreira (aceitando propostas de salário baixo ou suportando assédio moral).
Quantas vezes me perguntei porque aceitava condições tão absurdas de trabalho, mas ficava completamente paralisada quando me ofereciam coisas maiores e melhores. A escolha sempre era pelo “pior”.
E não são escolhas conscientes, é algo completamente psicológico que te sabota sem que você perceba.
Uma vez fiz teste para uma vaga de jornalista maravilhosa em um grande veículo impresso. O RH da empresa aplicou o teste psicotécnico igualzinho ao que fiz quando fiz exame para a carteira de habilitação.
Sabia que tinha acertado tudo porque a psicóloga da autoescola afirmou que meu teste foi acima da média e que não tinha errado nada…
Quando vi o teste para a vaga de trabalho, estava crente que tinha passado e a vaga era minha.
Mas eu não contava com a segunda etapa do processo seletivo que era um desenho. Pediram para que os candidatos desenhassem um homem na folha de sulfite.
Autoestima baixa me sabotou mais uma vez
E foi aí que minha autoestima me traiu mais uma vez: desenhei um homem pequeno no centro da folha.
Desenhei um chão para ele pisar e um céu para mostrar que ele respeita autoridades (eu já sabia de alguns truques de desenhos de RH)…
Eu só não sabia que o homem pequeno no centro da folha significava que eu não me sentia pronta para o cargo.
Aquele homem pequeno no centro da folha que eu desenhei sem saber que estava errado passou a ideia que eu, inconscientemente, me sentia inferior ao cargo que estavam me oferecendo.
E assim seguiu o ciclo de escolhas de trabalhos ruins, mal remunerados ou não remunerados…