Internet e língua portuguesa: problemas e soluções desse novo mundo

Em 7 de fevereiro estive na Rádio BR4 para falar sobre língua portuguesa e internet, conversando sobre vários assuntos que interferem na disseminação e compreensão de informações pelas redes sociais.

Enquanto fazia pesquisas para aprofundar a minha opinião sobre o tema, me deparei com uma pesquisa do Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) identificando que 30% do público de 15 a 64 anos são analfabetos funcionais.

Esse termo se refere a pessoas que possuem limitações para ler, têm dificuldades para interpretar textos, não conseguem identificar ironia, ou fazer operações matemáticas em situações corriqueiras.

Dentro desse público, 86% usam WhatsApp, 72% são adeptos do Facebook e 31% tem conta no Instagram. Dá para acreditar? É muita gente criando e repassando informações sem nem conseguir entender do que se trata.

A solução que entendo ser perfeita para este problema é procurar, enquanto criador de conteúdo, entregar ao público mensagens de fácil compreensão e criar alertas cada vez maiores sobre os perigos das notícias falsas.

Língua portuguesa e redes sociais

Outro ponto que conversei com o Marquinhos, apresentador do programa, se refere à linguagem da internet que deve se limitar a este ambiente.

Para digitar mais rápido, é comum usarmos palavras abreviadas como abç, vc, ñ, blz, entre outros. Mas tem alguns perigos: perdemos o contato com a ortografia correta, e o vocabulário fica cada vez mais reduzido

A solução para este problema é ajudar os usuários da internet a contextualizar a mensagem. Isso é, usar essa linguagem rápida, abreviada e cheia de códigos próprios apenas na internet.

No off line, devemos incentivar a leitura de livros para que possamos vencer o analfabetismo funcional e modificar essa triste realidade.

Assista: