Nove coisas que vi na feira erótica, duas são bizarras

Compartilhe:

Esse foi o segundo ano que pude cobrir a Intimi Expo, uma feira voltada para empresários do setor erótico/sensual, mais conhecidos como donos de sex shop (loja física, e-commerce ou porta-a-porta).

O ano passado deu para conversar com muitas empresas e sexólogas e trazer informações para essas reportagens. AquiAqui e Aqui.

Esse ano quis fazer um pouco diferente e fui mais como observadora, disposta a reparar mais e buscar fatos que eu não havia percebido na edição anterior.

Para alguém que, como eu, não consome e nem revende produtos sensuais, esse tipo de feira traz uma série de conhecimentos que não encontramos em outro lugar.

O principal deles é o fato de que 80% dos consumidores desses produtos são casais heterossexuais que utilizam esses cosméticos e acessórios para melhorarem a relação.

Conversar com os representantes das marcas nos mostra como é importante que o consumidor brasileiro entenda que mercado sensual não é pornografia e que a relação só se torna satisfatória para ambos os lados quando há, acima de tudo, segurança e confiança não só no parceiro, mas em si mesmo.

Por isso a maioria das marcas fala diretamente para a mulher que sempre foi privada da sexualidade, impedida de aprender sobre prazer e até mesmo impedida de se sentir sexy e segura para se agradar e então agradar seu parceiro. Falarei mais sobre isso em outro texto.

 

9 coisas que vi que mais me chamaram a atenção:

1 Casais felizes trabalham juntos, ou pelo menos se apoiam

Não sei se não reparei no ano passado, ou se realmente este ano o público da feira mudou. Mas vi muitos casais e muitos homens andando pela feira e fazendo negócios.

Um dos expositores me explicou que é comum que se trabalhem em casal nesse mercado, até porque o público alvo são os casais, não é mesmo?

 

2 Pesquisas de produtos e falta de legislação própria para o setor

Vi um pedacinho de uma palestra da sexóloga Eliane Pessini, da Pessini Cosméticos, ela falou bastante sobre a criação de produtos, pesquisa de mercado fora do Brasil e da falta de legislação própria para o setor no Brasil.

 

3 Cosméticos sensuais são se uso externo

Sabe aqueles géis de massagem que muitas vezes são vendidos para usar internamente para causar uma série de sensações?  Cuidado! A ANVISA autoriza o uso desses produtos apenas para área externa.  Uso interno apenas de lubrificantes a base de água. Falarei mais sobre isso em outra postagem.

 

4 Empresas com consciência social

Além de pensar no prazer sexual, essas empresas se preocupam com propostas como:

  • Não testar em animais,
  • Usar produtos naturais e hipoalergênico,
  • Preocupação social, como é o caso da Feitiço Cosméticos  (entrevistei a dona e química responsável pela marca e em breve posto a matéria) e
  • Sustentabilidade

 

5 Bonita de dentro para fora 

Muitas representantes do setor também possuem diplomas de sexólogas. As palestras visam principalmente mostrar para a mulher que ela pode se sentir sensual sem precisar mudar seu exterior, apenas revendo seus conceitos e aprendendo a tomar atitudes. “Sensualidade é atitude, não beleza”, disse Mirna Zelioli da INTT Cosméticos.

 

6 Pequenas ações mudam os relacionamentos 

O que um gel de massagem tão baratinho pode fazer pelo seu relacionamento? Muita coisa.

A principal é fazer o casal conversar sobre algo que muitas vezes está no automático e já não agrada ninguém

 

7 Próteses penianas são mais utilizadas por casais #morri 

Ano passado a Mirna chegou a me dizer que produtos sensuais não são consumidos apenas por “viúvas carentes e solteiras salientes”, mas por casais.

E com as Próteses penianas não é diferente. Esses brinquedinhos são muito vendidos e eu fiz questão de conversar com quem entende sobre isso. Em breve no nosso site “o manual básico do vibrador”.

 

8 Prazer ou tortura?

E por falar em vibrador, uma das coisas mais bizarras que vi na feira foi um vibrador acoplado a uma máquina. Parecia um instrumento de tortura. A máquina fazia uma prótese enorme se mover para frente e para trás sozinha. Bizarro pra mim, mas parece que é um produto bem aceito no mercado….

 

Rabinho de pelúcia no plug anal

Mas bizarro que isso só um plug anal que tem um rabo na ponta. E engana-se quem pensa que esse tipo de produto é usado pelo público LGBT.

Quem compra isso são mulheres heterossexuais que querem surpreender seus companheiros. Ou seja, sua mãe, tia ou até mesmo sua avó pode estar usando um desses nesse exato momento.


Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *