Fontes…

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Buscando melhorar o JP eu estou bolando algumas idéias, uma delas soa como quase um desafio: transformá-lo em um jornal com menos releases e mais reportagens.
Lá, fora dessas paredes, existem milhares de fatos acontecendo, coisas importantes para a população e que não são levadas ou questionadas pela mídia local.
O jornal que trabalho circula nas regiões mais pobres do extremo leste de São Paulo, pessoas que tem baixa escolaridade e poucas oportunidades. Eu acredito que a mídia regional tem que ser a voz dessas pessoas para brigar pelos direitos de cada cidadão, mas infelizmente as regiões mais carentes têm os administradores mais corruptos e eles ‘dominam’ a imprensa. Já confesei aqui minha total decepção com esse fato, mas ele é real e paga meu salário.
Tento buscar pessoas para entrevistar via telefone e e-mail, já que não posso sair daqui. Confesso que não é a mesma coisa, a entrevista sai compactada não é a mesma coisa que entrevistar pessoalmente.
A última entrevista foi com um professor de economia para explicar melhor o que é essa tal crise econômica e até que ponto ela vai nos atingir, a matéria saiu legal, mas não sei se o meu leitor compreende que o problema de calotes no mercado imobiliário nos Estados Unidos pode fazer o Natal dele sair mais caro…
Economia é uma coisa muito louca pra se compreender, eu sempre fui ótima aluna de matemática, mas confesso que não entendo nada de mercado financeiro que nada tem a ver com as equações que aprendi e dominava.
Hoje tive a idéia de correr atrás de algum coordenador dessas ONGs que lutam pela igualdade racial e pelos direitos dos Afrodescendentes para falar sobre a vitória de Barack Obama lá nos Estados Unidos.
Sem dúvida é orgulhoso dizer que o presidente do país mais rico do mundo é negro, mesmo sabendo que a cor da pele não diz nada sobre a pessoa. De qualquer forma acredito que ele é ‘a nova chance’ que a América precisa.

Encontrar pessoas para discursar sobre assuntos diversos é um trabalho muito difícil. Lembro que quando estava na faculdade uma professora avisou que não saíriamos dali com uma agenda cheia de telefones de fontes, mas que conseguiriamos isso com o passar do tempo, desenvolvendo um trabalho sério e de credibilidade. Eu tenho buscado isso.
Mas confesso que é muito chato entrevistar uma pessoa que desconfia de você e que fica de dando chá-de-cadeira com medo de perguntas tendenciosas. Mas não tenho outra alternativa além de continuar correndo atrás, afinal o trabalho é meu e eu preciso dessas fontes.

Ser jornalista não é fácil, mas é gostoso…
tenho saudade de entrevistar celebridade gospel…são menos presunçosos que alguns canditados a prefeito que graças a Deus não foram eleitos…


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