Caso de uma pesso que tentou engajar uma jornalista

Compartilhe:

Essa semana, o diretor do JP recebeu uma ligação de outro jornal perguntando se era verdade que, em uma das cidades onde nosso jornal circula, morava uma das pessoas trans envolvidas no escândalo do Ronaldo. Isso despertou nossa curiosidade. O que uma moradora do extremo leste da Grande São Paulo estaria fazendo em Copacabana justamente na noite em que o Fenômeno estaria procurando esse serviço? E mais: como um jornal de tão longe teria encontrado o endereço e o telefone de uma pessoa trans que nem sequer foi citada nos noticiários?

No jornal O Globo, foram divulgados três nomes das pessoas envolvidas no caso: Andréia Albertine, Carol Camille e Veiga Dezaroli. No entanto, o nome que os jornais estavam procurando era Staycy. Como o trabalho jornalístico se baseia em apuração, pesquisei na internet para confirmar os nomes, mas realmente não havia nenhuma Staycy mencionada. Mesmo assim, o telefone não parava de tocar, com vários veículos de comunicação querendo saber se era verdade.

Conseguimos o telefone da tal Staycy, e, a princípio, ela disse que não poderia falar sobre o caso. Depois de alguma insistência, ela aceitou falar, mas queria que organizássemos uma coletiva de imprensa. Era isso que eu informava a todos os jornalistas que ligavam para a redação atrás dessa notícia.

Comecei a perceber que as vozes dos jornalistas que ligavam eram muito parecidas; sempre se apresentavam com nome e sobrenome e diziam ser da Revista Caras, Folha de São Paulo, entre outros. O telefone ficava algumas horas sem receber ligações, e quando um ligava, logo depois outro fazia o mesmo. Comecei a anotar os números para dar um retorno sobre a possível coletiva de imprensa.

Cada jornalista que ligava trazia uma informação nova, que complementava o que havia ficado pendente na ligação anterior. Comecei a desconfiar da situação, afinal, Veiga não é Staycy. Encontrei o perfil no Orkut da pessoa trans chamada Staycy, e ela não se parecia em nada com as três que foram mencionadas no jornal. Falei isso para a próxima jornalista que ligou, e ela respondeu que as fotos no Orkut eram antigas, e que agora Staycy estava como foi retratada no jornal.

A próxima pessoa que ligou já sabia da diferença nas fotos e que os nomes ainda não coincidiam, até que a última ligação veio com a informação de que Veiga e Staycy seriam a mesma pessoa, e que essa diferença seria devido ao “trabalho”, que exigiria uma troca de nome. Desconfiada, conectei os fatos.

A pessoa trans chamada Staycy estava tentando se promover com o caso do Ronaldo. Era ela mesma quem ligava, fingindo ser jornalista. Ela queria que a nossa redação, no caso eu, organizasse uma coletiva de imprensa e fôssemos até a casa dela para ouvir o que tinha a dizer. Seja lá o que fosse, não teria relação alguma com o jogador, que se envolveu em uma grande confusão.

Se eu não tivesse sido curiosa e não tivesse aprendido a apurar os fatos, poderia ter me envolvido em uma grande confusão também, divulgando informações falsas e ainda envolvendo outros profissionais que seriam contatados para fazer o mesmo. Felizmente, fui atenta o suficiente para perceber a tempo que tudo não passava de uma tentativa de manipulação.

Eu poderia até expor o perfil dela no Orkut e ridicularizá-la, como ela tentou fazer comigo, mas sou profissional e, por isso, coloquei apenas o primeiro nome que ela usa. Para esclarecer, não estou generalizando sobre pessoas trans, apenas me referindo a esta situação específica que me fez perder um bom tempo e ainda atrasou meu trabalho.


Compartilhe:
Um comentário Adicione o seu
  1. Desculpe querida,de ato vc esta chamando o travesti de oportunista,e eu assino embaixo,e digo mais,além de tudo é um travesti burro pacas,porque seria bem melhor se tivesse ter ficado(a) calado (a)

  2. Oláaaaaaaaaaa
    Somos do blog Moda em Dia e só hj vimos o seu comentário. Ficamos um tempo afastadas do blog, mas agora voltamos. Obrigada pela visita e volte sempre! Teremos mais novidades, aliás, já temos!
    Beijos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *