Coisas da Vida…

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Esses dias precisei sentar e conversar com algumas adolescentes para um esboço de um “novo trabalho”, é incrível como essa geração é diferente da minha e olha que só tenho 24 anos. Mas tem coisas que não mudam, na geração da minha tataravó talvez não fosse assim porque os casamentos eram meio que “arranjados”, mas da minha avó em diante a história de repete.
A Thaís, uma das ‘entrevistadas’ se queixava de ter que atender amigas desesperadas ao telefone por serem dispensadas ou trocadas pelos seus pretendentes. “Tem dia que eu não aguento ver tanta gente chorando por isso”, dizia ela esperando receber de mim alguma palavra madura para mudar essa situação.
Infelizmente o que posso dizer sobre isso é que vamos crescendo e continuamos a conviver com essas queixas e por diversos momentos nós passamos para o outro lado da linha e fazemos também a nossa reclamação: ele não gosta de mim, ele me deixou, ele me trocou, ele me traiu, ele me iludiu e por aí vai.
É engraçado lembrar que enquanto somos novas pensamos que o passar do tempo vai resolver esses “contratempos” da vida, mas nem sempre isso acontece. É engraçado perceber que as reclamações amorosas são as mais constantes. Estava conversando com um amigo (sim, os meninos também sofrem com isso) sobre isso esses dias. Eu dizia pra ele que passamos por um desemprego, pela perda de um familiar, muitas vezes por doenças e não reclamamos tanto por essas coisas.
Mas se o assunto for paixão e seus infortúnios o choro é maior, a dor é maior, leva muita gente a ter depressão, a gente fica “acabada” mesmo. Eu sou pós-graduada em ficar “acabada” com isso. É difícil descrever a sensação que temos quando não somos correspondidos ou quando a “história de amor” acaba.
No final de 2007 escrevi uma matéria para o Guia da Semana onde contava uma experiência minha muito frustrante e angustiante. Tem quase dois anos que esse texto está no ar e eu ainda recebo e-mails de leitores dizendo o quanto se identificam com ele. Eu achei que por causa das correções da editora e por ela ter pedido algo mais “picante” muita gente ia reclamar, mas pelo contrário. O tema é mais comum do que eu imaginava.
Só que eu fico sem ter o que responder. O meu texto ajudou muitas pessoas, mas em mim ainda não fez efeito. Confuso isso, né? Já fiz de tudo para superar essa fase, mas é complicado. Hoje recebi um email a leitora dizia que lendo aquele artigo soube tomar a decisão para solucionar seu grande problema amoroso.
Eu já li várias matérias sobre botas e não consigo superar. Já escrevi vários textos sobre isso. Penso até em escrever um livro. Ele seria recheado das minhas angústias, talvez ele possa salvar outros corações apesar de ferir o meu. Já fiz de tudo, de tudo mesmo, mas é bastante complicado.
O que ameniza a dor é ligar para as minhas amigas. Tá vendo Thaís, ter alguém que nos ouve nesses momentos é melhor do que ter qualquer outra coisa. Que bom que suas amigas podem contar com você e que bom que eu tenho muitassss “Thaíses” do meu lado.

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Um comentário Adicione o seu
  1. Amiga de gente de coração partido sofre, é jogado pra escanteio e nem pode contar as coisas boas, mas fazer oq… Amigo é para essas coisas, né.

    Nada pior que um coração partido, pra todo mundo, muito lenço de papel e chocolate! Mas faz parte da vida, um dia a gente supera!!!

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